O que a música me ensinou
(e pode nos ensinar)
Meu nome é Alexandre Barbosa Valdetaro. Sou o criador e fundador do método da Blackbird Experience que usa o toque de instrumentos musicais como forma disruptiva para o auto conhecimento, para auto descoberta e para realizar conexões e pontes entre pessoas, seja da sua família, da sua empresa, ou mesmo seu grupo de amigos.
Sou músico, mas sou advogado, afinal o pai sempre dizia quando eu era criança virando adolescente e depois até mais tarde às vésperas do vestibular: “quer ser músico seja, mas tenha uma profissão.” Cai nessa e hoje o direito me serve para analisar a sociedade sob um prisma crítico, jurídico e filosófico. Além de ter me sustentado durante anos. Não vou negar.
Mesmo assim, sempre odiei essa frase, porque ela é condescendente e faz pouco das artes e de excelentes profissionais musicos
Hoje em dia, além de fonte de profissão, (além de criador da Blackbird Experience, sou professor de música com muito orgulho e guitarrista da Banda Zereis) a música é fonte de inspiração, de paz, de calma, de amor, de alegria de aconchego – tanto na hora de ouvir quanto na hora de tocar. A música me ensinou muito não só no aspecto emocional, não só no aspecto de cura das pessoas, mas ao prestar atenção ao que ela diz.
A música me mostrou que somos únicos. Se somos únicos o tratamento que o mundo – governo, empresas, amigos, parentes, deve nos dirigir é de unicidade, de atenção de aproveitamento de seu capital humano como profissional, do aproveitamento de seu coração como pessoa, nas suas relações interpessoais e assim por diante, sem abrir mão da igualdade que deve ser considerada a todos.
Aristóteles já dizia, igualdade é tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente na medida de suas desigualdades. Isso é isonomia.
Aprendi que isso não é fácil porque como a música, as pessoas são complexas e todas têm elementos musicais: ritmo, melodia e harmonia.
Veja
A música me ensinou que – parafraseando Lulu Santos – somos feitos de silêncio e sons. Muitas vezes a música exige do músico pausas que quem está ouvindo nem percebe.
Mas que para ele músico são muito importantes. Isso se chama Ritmo.
Nossa vida também é assim. Cheia de momentos de excessos e pausas.
Não é fácil lidar com as pausas da vida. Mas é assim que a vida é. Uma hora acelera e outra hora, a fim de refletirmos o que precisamos para continuar o próximo capítulo, ela para. Nem que seja por um dia ou um momento. As vezes as pausas são mais longas. Esse é o ritmo da vida, exatamente como na música.
A música me ensinou que temos uma melodia interna. Um propósito. E que cada um está tentando compor esta melodia.
Muitas vezes, essa melodia se junta com outras a sua volta e ai temos harmonias lindas.
Muitas vezes sua melodia – ou a das pessoas a sua volta muda e as harmonias não mais estão em consonância e ai as músicas tocadas não são mais harmoniosas.
É um desafio lidar com a sua verdade interna. Mas ela deve ser respeitada ainda que destoando das outras melodias que te cercam.
Cada um dos aspectos da música trazem uma lição para a vida. E são baseados nestes aspectos que, doravante eu gostaria de começar a escrever e aprofundar no sentido de contribuir com uma visão de vida que a música me deu.
Espero que se não trouxer nenhuma contribuição a mais a vida das pessoas, pelo menos não as macule.
Alexandre
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